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No dia 11 de setembro (aquele mesmo) eu liguei para meu cliente em Miami e informei a ele que não iria mais para Nova Iorque porque eu me sentia doente. Ouvi uma lamentação em forma de palavrão do outro lado da linha. Desliguei o telefone com baita peso na consciência, afinal, responsabiidade sempre foi um dos meus pontos mais fortes. Trinta minutos mais tarde, o primeiro avião da American Airlines (AA) entrava nas Torres Gêmeas. É…eu deveria ter ido para lá naquela data e estava com um ticket da AA.

Intuição, pressentimento, faro, visão são apenas alguns dos atributos que a gente carrega ao longo de uma vida empreendedora. Mais do que sucesso, as pessoas sempre marcaram a minha vida. E foram justamente as pessoas do Grupo RMA que me pregaram uma surpresa, com uma festa inusitada, em comemoração aos sete anos da empresa, que oficialmente começou dia 5 de outubro de 2001.

Que fatos me marcaram ao longo desse período?

Convidar o Augusto para ser sócio da atual RMA num café da manhã, quando na verdade ele havia me convidado para um café da manhã com o intuito de pegar uma opinião sobre algumas propostas de emprego que ele havia recebido dos headhunters.

Ver o Márcio Cavalieri se tornar sócio em apenas quatro anos de empresa e hoje ser a minha referência e orgulho como profissional de comunicação empresarial.

Ajudar a equipe do Grupo RMA em sua evolução constante como pessoas maravilhosas e muito competentes.

Evoluir de uma “sala de reuniões”, onde os pedreiros faziam suas trocas de roupas, para dois andares que totalizam 700 m2.

Ver o surgimento da Positioning e acompanhar de perto seus casos de sucesso.

Participar do sucesso da RMA, atualmente, uma das principais agências de comunicação do Brasil.

Construir a polvora! em dois anos de árduo trabalho.

Vamos comemorar sim, gente! Parabéns para todos nós!

Sei que estou devendo alguns posts, mas como diz o ditado popular: “Devo, não nego e pago quando puder”. Finalmente, depois de semanas atribuladas, encontrei tempo para colocar os assuntos em dia e começar a amortizar minhas dívidas de postagem.

Conheci recentemente dois estrangeiros muito interessantes. Um deles, o Daniele (exatamente, não escrevi errado), italiano, natural de Vicenza, que largou a advocacia, cansado das penúrias e aflições dos tribunais para seguir uma carreira de seminarista em Roma. Estávamos conversando sobre política e fiquei muito espantado com algumas semelhanças e principalmente, sobre a visão distorcida que o europeu tem do Brasil, especialmente sobre a nossa política e economia.

O curioso é que na mesma semana, conheci a Verónica Goyzueta (foto) peruana, atual presidente da Associação dos Correspondentes Estrangeiros e jornalista do Mergermarket, do grupo Financial Times. Ela está lançando em setembro um livro chamado “O Brasil dos Correspondentes”, do qual é co-autora.

O que me chamou a atenção é a proposta da obra, que procura retratar os fatos que mais impressionaram os estrangeiros que moram e trabalham por aqui na ótica deles. Algo me diz que o precisamos de um trabalho de reposicionamento da marca Brasil.

Esta semana eu e o Augusto almoçamos com o Ciro Reis, que assumiu recentemente a presidência da Abracom. A propósito, uma das melhores cabeças que já conheci em nossa área. O Ciro tem uma visão bastante privilegiada e deixei a mesa com a certeza de que a associação continua em boas mãos.

O encontro foi no ICI Bistrô, restaurante muito simpático e gostoso que fica na Rua Pará. O comando das panelas está com o chef Benny Novak, que também é guitarrista em uma banda de blues. Se você for lá, não perca a oportunidade de degustar o Plat de Cotê de Boeuf Niçoise, mais popularmente conhecido como Costela de Vaca. Uma delícia. Para quem gosta de frutos do mar, o cardápio é um prato cheio. Lamentavelmente, como sou alérgico a estas preciosidades marítimas, confesso que esta dica veio do Augusto.

Em dado momento da conversa, saltou à mesa uma antiga e cruel constatação. “Quem começou a nossa atividade, errou na forma de cobrar o serviço”. Em relação a isso, nossos irmãos publicitários sempre deram um show.

O trabalho de PR ajuda a construir marcar, pessoas e produtos. Estimula e promove o diálogo entre a imprensa e as fontes, apoiando o jornalista a realizar melhor o seu trabalho. Ou seja, para a construção da credibilidade, é uma atividade vital, como já diria o guru Al Ries.

Por outro lado, muitas empresas parecem não ver a importância estratégica de um bom parceiro de PR. Tanto que, sem querer menosprezar ninguém, muitas delegaram esta decisão para o departamento de compras. Comprar PR é como comprar material de escritório, cadeiras, etc. Basta promover um leilão reverso e quem oferecer o melhor preço leva. Pronto, resolvido.

Não é por aí. Sabemos que para uma empresa contratar bem um serviço desta natureza precisa levar em conta muitos outros aspectos, além do financeiro. Ela necessita de uma análise mais aprofundada que leva em conta a experiência do fornecedor, metodologia de trabalho, competências específicas, relacionamento com mídia, referências de clientes, etc.

Da nossa parte, acreditamos que cada vez mais as agências, especialmente as associadas da Abracom, estão se unindo para buscar um aumento de percepção de valor de nosso negócio. Este é o caminho para o crescimento e valorização de nossa atividade. Neste quesito, as agências inglesas e americanas estão bem a frente, pois contam com o respeito e valorização de suas respectivas sociedades.

Cheguei do almoço e vi um verdadeiro alvoroço na copa da RMA. Perguntei se havia “caído um balão” por lá e me responderam que era a Cláudia Midori, aquela mesma do blog Comidinhas!, e analista de mídias sociais da nossa equipe. Euforicamente, alguém zerou a minha curiosidade: “ela está cozinhando…fazendo bolo!!!”. Assim que o grupo se dissipou restou a Midori e as Renatas com a guloseima na mão (foto).

Se o lance das mídias sociais é proporcionar experiências, Midori conseguiu numa tarde só oferecer seis em pouco tempo, pois os bolos (individuais) eram de caneca.(zoom do bolo da Renata com seus complementos personalizados).

No Comidinhas ela começa seu perfil afirmando que “cozinha sempre que pode” e não é verdade mesmo? Mesmo em nossa pequenina copa. Esse é o ambiente da RMA: criatividade, colaboração e muita comida. O volume de trabalho cuida da queima de calorias depois de matar a vontade. Parabéns pela iniciativa, Midori. O que vem depois? Mais comidinhas é claro!


No ano e mês que é comemorado os 100 anos da imigração japonesa, o Grupo RMA não poderia deixar de lado a oportunidade de prestigiar alguns dos seus colaboradores, são eles:

Christiane Hato, nossa eclética coordenadora do PR, passa semanas, dias e horas mergulhada em pautas, reuniões e idéias que são compartilhadas com os valores do Grupo.

Armando Yamada é outra peça importante em nossa equipe. Com talento e paciência – que só quem conhece muito o ofício pode ter -, Yamada faz nossas pautas saltarem das páginas de jornais, revistas e páginas da web.

A paixão pela web fez Alexandre Fugita deixar de lado os quatro anos da faculdade de medicina para se dedicar ao mundo virtual e fazer da web sua profissão.

A cabeça de Mário Soma parece um caldeirão de idéias borbulhando sem parar. Jornalista, radialista e especialista em social media, é um worklover convicto que não hesita em trocar idéias e experiências com sua equipe.

Elaine Nishikawa, há dois meses na RMA, empresta sua experiência e sua doçura para editar, sugerir pautas e matérias.

Talita Shie, a estagiária da turma, está no 4º ano do curso de Relações Públicas. Mestiça (sua mãe é neta de japoneses e o pai é taiwanês) está há dois meses na RMA. Suas risadas costumam contagiar a redação.

Quem olha o Gustavo Jreige, nem imagina que o garoto de 19 anos é um profissional que merece respeito. Cursando o terceiro ano da faculdade de jornalismo, Jreige é sócio de Alexandre Inagaki e Edney Souza na BlogContent. Filho de mãe com ascendência libanesa e pai neto de japoneses e alemães, Jreige é o único da turma que não tem os olhos puxados, e não suporta comida japonesa.

Terceira geração de japoneses, Karla Nagai acaba de chegar à RMA. Possui mais de seis anos de experiência em assessoria de imprensa e há 23 anos pratica uma tradicional dança japonesa, chamada Awa Odori, da Associação Cultural e Esportiva Represa.

Neta de japoneses, Claudia Midori é do contra. Foi a única da família a optar pela área de humanas (onde cursou jornalismo), resolveu aprender mandarim ao invés do japonês, e fez arte marcial coreana no lugar do tradicional judô. No entanto, adora comida japonesa.

Blogueiro-mór da redação, Alexandre Inagaki se autodenomina japaraguaio. Não gosta de comida japonesa, não sabe japonês, mas é um cinéfilo inveterado – que adora Akira Kurosawa, Kenji Mizoguchi e Yasujiru Ozu.

Outro dia almoçamos com o Fran Abreu e a Ellen, sócio e diretora de atendimento da DPTO, uma agência muito competente no que faz. A propósito, o almoço foi no Café Gardênia, comandado pela bela e criativa chef Marina Moraes, responsável pelos melhores pratos à base de cordeiro de São Paulo, pelo menos em minha opinião.

Entre uma garfada e outra, o assunto variava entre o mercado de comunicação, Web 2.0, clientes e em alguns casos, as agruras que vivenciamos em nosso dia a dia com alguns deles. Na verdade, como diz o Augusto “cliente ruim é aquele que não paga em dia”. Concordo com esta afirmação, mas vou lhes contar um episódio digno de figurar no pérolas do Eduardo Vasquez.

Eu estava chegando ao RJ quando um prospect me ligou pedindo um trabalho de urgência. Na verdade, ele precisava de um job para sugerir uma pauta para o Valor Econômico sobre um movimento da empresa. O detalhe é que o anúncio seria no dia seguinte. Do táxi mesmo, entre uma reunião e outra, de terno e morrendo de vontade de parar para colocar o pé na areia escaldante que o carioca tem à sua disposição todo dia, discuti as bases e acionei o time de atendimento, que prontamente executou o trabalho conforme solicitado.

A surpresa foi quando cheguei em SP. Além do trânsito cruel, a Ivanir, a gerente que esteve à frente do trabalho, me ligou e informou que fizemos um caso de sucesso a três mãos. Na verdade, o prospect contratou três agências diferentes para fazer o mesmo trabalho!!! No dia seguinte, conversando com uma das agências envolvidas no caso, cheguei a conclusão de que a máxima do Augusto deveria receber um upgrade “Cliente ruim é aquele que não paga em dia ou que contrata mais de três agências para o mesmo trabalho”! Bom, pelo menos a matéria saiu, com foto e tudo.

Um assunto que sempre me afligiu em nossa área é o relacionado a Recursos Humanos. E por uma razão muito óbvia. Não existe uma política de RH para o nosso setor, por incrível que pareça, uma vez que o nosso principal ativo são as pessoas. Não temos sequer uma padronização para os cargos. E isso justifica a percepção dos profissionais de que o “teto é baixo” e não há para onde crescer. Conheço muita gente que entra em uma agência e permanecem anos na mesma função, sem visão ou perspectiva de carreira.

A boa notícia é que nesta semana começamos um projeto na Abracom que espero que traga muitos benefícios para o nosso setor. Pela primeira vez, a Associação fará um trabalho para discutir as práticas de gestão em RH nas agências de Comunicação. A RMA será uma das empresas à frente deste trabalho.

Na RMA, por exemplo, estruturamos uma política de RH há dois anos. Em 2008, realizamos uma pesquisa de Clima e implementamos o conceito de Remuneração Variável. Tudo isso, no sentido de motivar e reconhecer o desempenho e dedicação de nossos profissionais. E vale a pena, pois trabalhar com gente motivada e reconhecida é muito gratificante.

Qual a diferença entre querer mudar e mudar? Logo de cara eu afirmo: tenha atitude e coragem! Tudo parece óbvio, tudo parece simples…afinal está nos livros, nos podcasts, nos sermões… mas não é. E por esta razão, registro aqui um extrato, na verdade uma homenagem, de um papo longo com alguém que mudou e, principalmente, gostou. Parabéns Rê. Você é um exemplo a ser seguido e agora já tem muito a ensinar para as novas gerações na RMA.

O aprendizado:

  • Em primeiro lugar, aprendi que tudo depende de nós. Todas as mudanças são muito difíceis, mas só eu posso buscar lá dentro a pessoa que eu pretendo ser e externar tudo isso. Ou melhor, não vou usar mais a palavra mudança, mas sim evolução. Creio que é a melhor definição para o que ocorreu em minha carreira.
  • Alcançar um objetivo é possível, desde que você esteja disposto a reconhecer seus erros e fragilidades. A maioria das pessoas tendem a atribuir seus pontos fracos aos outros e às circunstâncias, pois assim é cômodo. Aprendi que olhar para mim e reconhecer onde estou errando. Esse é o primeiro passo para fazer tudo diferente.
  • Aceitar as críticas com a mente aberta. Não há bloqueio maior do que achar que estamos 100% preparados, pois isto não existe.
  • Criar coragem foi fundamental. Coragem para dar opiniões em reuniões, coragem para discordar de um cliente, coragem para ser metida em alguns momentos e fazer meu marketing pessoal, coragem para chamar a responsabilidade para si… Enfim, coragem para ser diferente.
  • O reconhecimento é conseqüência de toda esta reflexão e precisa vir no momento certo. A carroça não pode andar na frente dos bois; é preciso paciência. Já estou sentindo de leve as cobranças da minha nova função e entendo que se minha promoção tivesse vindo antes, muito provavelmente eu não daria conta do recado.
  • Percebi que evoluir atitudes é mais simples do que evoluir traços da nossa personalidade. É o que ocorre quando tento ser mais firme e incisiva tanto com clientes quanto com os diretores. Sei que tenho muito o que melhorar e estou trabalhando para isso.
  • Dizer não faz parte do jogo e ninguém vai gostar menos de mim por isso. Pelo contrário. Quanto digo não para um cliente, é sinal que quero preservá-lo e protegê-lo. E ainda que o cliente insista, ele sabe que estou fazendo meu trabalho.
  • A conquista de um novo espaço está diretamente ligada aos conhecimentos que eu demonstro. Ouvi uma frase ótima esses dias: “Sucesso é quando vc faz o que sempre fez só que todo mundo percebe”.
  • E por fim, acreditar. É possível fazer tudo diferente, basta se empenhar e ter força de vontade. Esse é o segredo!